Os pistões não trabalham directamente sobre o bloco, pois se as paredes se gastarem é mais barato a substituição das camisas do que a do bloco. Além disso, o material de que as camisas são feitas pode ser mais resistente ao desgaste ou oferecer menos atrito, sem influenciar muito o custo final.
Por vezes a superfície das camisas é sujeita a uma deposição electolítica de ligas a base de cromío e níquel, muito resistentes ao desgaste e oferecendo menor atrito ao movimento do pistão.
A configuração exterior do bloco depende do tipo de arrefecimento. Se for po liquído, bloco apresenta-se liso, se for a ar, o exterior apresenta-se com alhetas. Estas alhetas terão uma maior extensão oe aparecerão em maior número nos locais em que a transferência de calor é mais crítica. O material indicado para as alhetas são as ligas de alumínio, mercê a sua boa condutibilidade térmica. No caso do arefecimento liquído, a transferênciade calor pode intensificar por um projecto cuidado da orientação das passagens do liquído, podendo também utilizar-se alhetas.
Na extremidade superior do bloco existe a culassa com a qual este terá de manter boa estanquecidade tanto nos cilindros (camisas) como nas condutas de água e óleo. Assim as camisas terão de possuir dimensões exactas para que a vedação se de perfeitamente e usam-se juntas de espessura calibrada na junção bloco-culassa, chamadas juntas da culassa.
Esta junta é de desenho elaborado, pois terá de resistir as elevadas pressões e temperaturas da combustão, incorporando, geralmente, anéis de metal para a vedação das camisas e vedantes poliméricos nas passagens do liquído de arrefecimento e do óleo.
Os anéis de metal são esmagados com o aperto, pelo que cada junta deverá ser usada somente uma vez.
Antes da proibição do amianto, as juntas eram fabricadas neste material natural, sendo actuelmente empregues materias sintéticos, tais como o "kevlar". O bloco está dotado de um elevago número de pernos, a fim de permitir um aperto perfeito da culassa.
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